Na manhã desta segunda-feira, a situação de superlotação nas emergências de Porto Alegre se tornou alarmante, especialmente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar, localizada na Zona Norte.
A superlotação na UPA Moacyr Scliar refletia um cenário ainda mais grave nas demais unidades da capital. De acordo com o dashboard da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), dez das 11 unidades monitoradas estavam operando com mais de 100% da capacidade. No Moacyr Scliar, o índice de superlotação chegou a 229,41%, com 39 pessoas internadas em observação para apenas 17 leitos disponíveis. Situações alarmantes foram observadas em outras UPAs, como no Bom Jesus (414,29%) e na Cruzeiro do Sul (244,44%).
Os hospitais também não estavam em melhores condições. O Hospital de Clínicas registrou uma superlotação de 377,78%, e o Hospital São Lucas seguiu próximo, com 340%. A ocorrência se intensifica ainda mais devido a restrições em algumas emergências, como a do Hospital de Clínicas, que opera com limitações devido a obras estruturais.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclareceu que parte da demanda excessiva é oriunda de pacientes de fora de Porto Alegre, especialmente moradores de cidades vizinhas que buscam atendimento. Além disso, uma parte significativa dos atendimentos poderia ser realizada em Unidades Básicas de Saúde (UBS), uma vez que muitos casos atendidos nas emergências são de menor gravidade.
"Os prontos-atendimentos são para situações de urgência e emergência, seguindo o Protocolo de Manchester, que classifica a gravidade dos pacientes. Por isso, a priorização no atendimento é essencial", destacou a SMS.
Em resposta à crise, a secretaria também lembrou que diversas unidades de saúde possuem horários diferenciados de atendimento, tornando-se uma opção viável para aqueles que não enfrentam situações de urgência. Os canais de comunicação, como o 156, estão disponíveis para esclarecer dúvidas e ajudar no encaminhamento adequado dos pacientes.
Enquanto a pressão sobre os serviços de emergência não cessa, mais de 40% dos atendimentos na UPA Moacyr Scliar vêm da Grande Porto Alegre, o que demonstra a necessidade de uma abordagem coordenada e eficiente para gerenciar a demanda crescente por atendimento médico na capital. O que se espera agora é uma introspecção das autoridades em saúde para encontrar soluções efetivas e garantir que os cidadãos tenham acesso digno e eficaz a cuidados médicos emergenciais.
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