Um policial militar da Brigada Militar (BM) foi preso preventivamente em Porto Alegre sob suspeita de envolvimento em um esquema de extorsão e agiotagem. O soldado Jocimar da Silva Pereira foi detido na quinta-feira (6), na zona norte da Capital, após uma investigação que apontou sua participação em ameaças e cobranças abusivas a uma moradora de Xangri-lá, no Litoral Norte. A vítima relatou à polícia que foi coagida a pagar uma dívida já quitada, sob ameaças de tortura e incêndio ao seu estabelecimento, que chegou a ser alvo de disparos.
Durante a operação, a polícia apreendeu uma pistola, munições, uma máquina de cartão e os fardamentos do PM. O soldado também destruiu seu celular com três tiros antes da prisão, em uma tentativa de inutilizar possíveis provas. O aparelho foi encaminhado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para tentativa de recuperação de dados. A Justiça decretou a prisão preventiva após considerar indícios de materialidade e autoria, incluindo áudios e vídeos que corroboram as acusações de extorsão.
Além do PM, um empresário de Cachoeirinha, suspeito de atuar como agiota, e um advogado de Porto Alegre também são investigados e tiveram prisão temporária decretada. Ambos não foram localizados e seguem foragidos. A defesa do empresário informou que ele deve se apresentar à polícia. O caso teve início quando a vítima, dona de uma imobiliária, buscou um empréstimo e passou a ser cobrada de forma abusiva, mesmo após quitar o valor.
Esta não é a primeira vez que o soldado Jocimar Pereira é alvo de investigação. Em dezembro de 2019, ele foi preso durante uma operação da Corregedoria-Geral da BM, acusado de integrar um grupo que cobrava valores de comerciantes e desviava material apreendido. A defesa do PM nega as acusações atuais e afirma que ainda não teve acesso à decisão que decretou a prisão preventiva. A polícia segue investigando o caso, que expõe práticas criminosas envolvendo agentes públicos.
Mín. 18° Máx. 27°
Mín. 19° Máx. 29°
Tempo limpoMín. 19° Máx. 29°
Parcialmente nublado