Sábado, 15 de Março de 2025
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Brasil Governo

Governo Lula gastará 3,5 bilhões para melhor imagem do Governo.

Lula tenta maquiar crise e sua imagem investindo na mídia.

11/03/2025 20h50
Por: Redação Fonte: Gazeta do Povo
Foto: Ricardo Stucker / PR
Foto: Ricardo Stucker / PR

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncia um investimento de R$ 3,5 bilhões em ações de publicidade neste ano, com o objetivo de melhorar a imagem de suas políticas sociais, de educação e saúde, além de promover estatais como Correios, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. A informação foi revelada em reportagem da Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira (10).

Os contratos, que estão sendo elaborados e já fechados com agências de publicidade, abrangem 21 órgãos federais. Entre os principais focos estão iniciativas como o programa Pé-de-Meia e Mais Especialistas, frequentemente citados nos discursos do presidente.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) defende que as campanhas têm como objetivo “dar amplo conhecimento à sociedade das políticas e programas do Poder Executivo Federal”, além de “divulgar direitos”. A ampliação dos gastos publicitários ocorre em um cenário de queda na aprovação de Lula, impulsionada pela insatisfação popular em relação à economia e ao aumento dos preços dos alimentos.

A troca de comando na Secom, em janeiro, quando Paulo Pimenta foi substituído por Sidônio Palmeira, teve como finalidade reformular a estratégia de comunicação do governo em meio a esse contexto adverso.

Entre os 21 órgãos com contratos ou licitações abertas, cerca de R$ 700 milhões estão concentrados em quatro processos em andamento. O maior deles é o dos Correios, que busca um "reposicionamento de marca" e um contrato de R$ 380 milhões para competir no mercado de encomendas e logística.

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Os maiores valores de publicidade incluem R$ 750 milhões para o Banco do Brasil, R$ 562,5 milhões para a Secom e R$ 468,1 milhões para a Caixa. Em contraste, a Infraero apresentará o menor orçamento do grupo, com R$ 7 milhões anuais.

Os órgãos federais justificam o aumento dos investimentos em publicidade como uma maneira de garantir transparência e comunicar ações governamentais à população. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, por exemplo, espera gastar até R$ 120 milhões em propaganda, com uma estimativa de desembolso de R$ 90,3 milhões em 2024.

No âmbito da educação, a pasta do Ministério da Educação, que teve seu orçamento elevado em 40% em relação a 2022, planeja um investimento de publicidade que saltará de R$ 27,4 milhões para R$ 140 milhões, justificando a decisão como refletindo a expansão das novas políticas educacionais.

A Caixa Econômica Federal afirmou que seus investimentos em publicidade são proporcionais ao tamanho da instituição e fundamentais para manter a competitividade no setor. O Banco do Brasil também se manifestou, defendendo seus contratos publicitários como adequados ao mercado financeiro e ressaltando que, em uma das operações, a cada R$ 1 investido em publicidade, foram gerados R$ 1.200 em resultados financeiros, além de contribuir na formação da imagem da marca.

Assim, o governo Lula se organiza para não apenas expandir suas políticas, mas também para garantir que a população esteja ciente das ações e direitos disponíveis, numa tentativa de reverter a percepção negativa e promover uma imagem positiva de sua administração.

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