O ovo ficou 15% mais caro nos supermercados em fevereiro, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês de 2023, o aumento chega a 16,42%. No atacado, o alimento já havia registrado alta superior a 40% em diversas regiões produtoras do país, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/USP).
Especialistas apontam que o aumento é impulsionado por fatores como o custo elevado do milho, principal componente da ração das galinhas, que subiu 30% desde julho de 2023. Além disso, o calor intenso tem impactado a produtividade das aves, enquanto a demanda aquecida no período da Quaresma, quando muitos católicos substituem a carne vermelha por ovos e proteínas brancas, também contribui para a alta.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre o tema no dia 20 de fevereiro, destacando a preocupação com os preços do alimento. “Eu sei que o ovo está caro. Quando me disseram que está R$ 40 a caixa com 30 ovos, é um absurdo. Vamos ter que fazer reunião com atacadistas para discutir como é que a gente pode trazer isso para baixo”, afirmou. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ressalta que é comum que o preço do ovo aumente durante a Quaresma, mas a alta deste ano surpreendeu por ter começado mais cedo.
Tabatha Lacerda, diretora administrativa do Instituto Ovos Brasil (IOB), reforça que o avanço dos custos de produção, incluindo embalagens que subiram mais de 100% nos últimos oito meses, tem pressionado os preços. Além disso, a baixa disponibilidade de ovos no mercado, segundo o Cepea, agrava o cenário. Com a proximidade da Páscoa, a tendência é que a demanda continue elevada, mantendo os preços em patamares altos nos próximos meses.
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