Comédias românticas são o tipo de filme/livro que ou a pessoa ama ou odeia. Sem meio-termo. Os que amam dizem gostar da ideia de vivenciar o romance dos sonhos por meio de um mundo fantasioso; os que odeiam dizem odiar o fato de as histórias seres extremamente irreais.
Particularmente falando, eu amo comédias românticas. Amo a magia de existirem mundos em que um homem se apaixona por uma mulher mesmo com todos os seus defeitos (“Como Perder um Homem em 10 Dias”) e mesmo com todas as dificuldades (“O Amor Não Tira Férias”).
Posso afirmar com firmeza que esse estilo de história apenas é menosprezado porque é algo que as mulheres gostam. Histórias escritas por mulheres e feitas para mulheres. Muitos homens não conseguem aceitar que nem tudo é para eles, assim como foi no lançamento do live action da boneca “Barbie”, lançado em 2023.
“Oppenheimer” foi lançado na mesma época, virando uma concorrência. Esse filme fala sobre uma bomba nuclear, o processo de criação dela e assuntos “mais importantes” do que um “filme de mulherzinha”, de acordo com algumas pessoas.
É claro que cada um tem o direito de ter sua opinião, mas muitos homens desprezavam o filme da Barbie simplesmente por ser algo “feminista demais” e até mesmo “feminino demais”.
Bem... se você vai assistir a um filme sobre a boneca que foi o símbolo do feminismo, ensinando a várias garotinhas que poderiam ser o que quisessem... acho que o mínimo que você deve esperar é feminismo e, ao mesmo tempo, feminilidade. Em outras palavras, uma obra bem escrita e com uma direção maravilhosa, incluindo visuais e cenários lindíssimos, foi menosprezada apenas por ser algo feito para mulheres.
Se até mesmo a boneca mais famosa do mundo é atacada pelo público masculino, quem dirá nossas queridas comédias românticas!
O argumento principal para contrariar a existência dessas obras é de que são muito irreais, algo que mencionei anteriormente. No entanto, há diversas obras com roteiros absurdos em diversos estilos. As comédias românticas são criadas na nossa própria realidade, causando uma sensação de que devem ser realistas, mas, na verdade, toda história tem o direito de ser maluca, mesmo acontecendo na Terra.
Por isso, comédia romântica. Diversos filmes do Adam Sandler, um ator cômico muito conhecido, têm roteiros absurdos que, mesmo sendo absurdos, nunca foram julgados como essas comédias românticas. Gosto bastante das suas atuações, mas acho que todos nós podemos concordar que as piadas em “Gente Grande” não cairiam bem na vida real. São absurdas... engraçadas, sim, mas entendemos que é algo fictício e que não daria certo na vida diária.
Então por que as comédias românticas também não podem ter seus exageros?
Existem comédias românticas boas e comédias românticas ruins, é claro, mas sinto que o público despreza tanto as que são ruins que não dão espaço para que as boas sejam reconhecidas como deveriam. Há alguns filmes muito conhecidos, como “O Diário de Bridgett Jones” que, mesmo sendo um grande filme do gênero, é dificilmente reconhecido por pessoas que não assistem a comédias românticas.
Enquanto em filmes de ação, até mesmo os “menos famosos” são extremamente famosos.
E os livros? Quais são os mais famosos?
Nenhum.
Nenhum clássico é uma comédia romântica.
Todos os romances famosos são no estilo dramático ou romance de época, como “O Morro dos Ventos Uivantes” e “Orgulho e Preconceito”. Isso também se deve ao fato de as comédias românticas serem algo recente na mídia, principalmente em livros. Alguns pioneiros desse gênero no cinema foram “Aconteceu Naquela Noite” (1934) e “Núpcias de Escândalo” (1940). Sim, surgiu no teatro antigo, mas naquela época não recebia tanta atenção quanto as tragédias no estilo do Shakespeare.
Hoje em dia, a rainha das comédias românticas é a Lynn Painter. É uma autora moderna que escreveu o livro “Melhor do que nos filmes”, que fala sobre uma garota apaixonada por comédias românticas e acaba vivendo uma. Ela também tem outros livros nesse gênero.
Ela tem uma escrita leve e divertida, mas marcante o suficiente para que o livro fique na sua cabeça e não apenas passe batido. “Melhor do que nos filmes” é um livro muito bom, é uma leitura que vale a pena.
Quem me acompanha sabe que escrevo gore, distopia e suspense, mas... eu também gosto de livros bonitinhos no meu tempo livre. Não os escrevo, mas admito que gosto deles. Sinto que, como uma sociedade, somos forçados a sempre escolher um lado. “Ou terror, ou comédias românticas; você não pode gostar dos dois”.
Ninguém fala isso em voz alta, mas é a sensação que dá.
A vida é muito curta para nos colocarmos em uma caixinha. Fazer isso ou aquilo. Por que não os dois? Se você gosta apenas de terror, tudo bem! Mas não se prive de gostar de outros filmes apenas por gostar do terror e não julgue os gostos dos outros.
Existem muitas estéticas e categorias em que podemos nos encaixar, criando comunidades. Isso é reconfortante, mas também devemos ter consciência de que não devemos gostar de algo apenas para se encaixar ou não gostar de algo apenas para agradar os outros. É importante julgarmos o que está ao nosso redor por nós mesmos.
A vida é muito mais simples quando entendemos isso. Eu mesma não tenho nenhuma estética específica, me visto conforme me sinto confortável e acredito que esse seja o certo. É claro que ter referências de moda é algo bom, eu mesma sou apaixonada pelo David Bowie! O importante é saber que, mesmo se você usar roupas coloridas todos os dias, está tudo bem usar roupas pretas caso você queira.
Mesmo que você sempre assista outros tipos de filmes, você não precisa ter vergonha de assistir às comédias românticas.
Os nomes dos meus livros são “Quer jogar? Tesouras não cortam só cabelo” e “Luzes, câmera e vingança”. Ambos estão disponíveis no Kindle e, na versão física, em sites como Mercado Livre, Ponto Frio, Americanas, Casas Bahia etc.! Confira as sinopses:
"Nesta distopia, diversas pessoas pagam um alto preço para assistir e ter a chance de entrar no honrado O Jogo, no qual há um grupo de pessoas e, ali, um assassino. Na Temporada 11, no entanto, algumas coisas dão errado, mudando o destino desse evento para sempre. Entre assassinatos brutais e disputas entre jogadores, a plateia faz apostas e observa-os com fogo nos olhos, mal podemos esperar para descobrir o que acontecerá a seguir." Dilva Camargo Artista Visual.
“Durante o jantar, ocorre uma morte repentina na mesa da família Capellier. No entanto, não podem chamar a polícia porque seu sobrenome não seria muito bem-visto na delegacia por causa do passado de Francisco, um corrupto de primeira classe.
Para a surpresa de todos, ele morre, mas ninguém iria no seu funeral porque era odiado pelo mundo inteiro. Para não deixar passar em branco, os Capellier, uma família burguesa, não podiam perder a oportunidade de convidar seus inimigos (pelo menos, os que podiam listar) para se hospedarem na sua mansão absurdamente glamorosa e compartilhar a raiva mútua que sentiam contra o homem que, agora, estava morto.
Todos aceitam o convite sem pensar duas vezes, mas a família não imagina o quão sedentos por vingança estão os convidados...”
Valéria do Sul
(Deivid Jorge Benetti),
do Portal de Notícias MPV
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