Nesta quinta-feira 20 de março , a equipe do MPV foi acionada para cobrir um protesto inesperado realizado por pais e alunos na Escola Estadual Paulo da Gama, localizada no bairro Partenon. O movimento surgiu após a comunidade escolar tomar conhecimento da possível substituição do atual diretor, Cristian, que ocupa o cargo há apenas 45 dias, pela antiga gestão. A informação ainda está pendente de confirmação, Conselho Regional de Educação (CRE) .
Durante o protesto, diversos pais expressaram seu descontentamento em relação à falta de transparência na escolha da diretoria e a ausência de um processo democrático de votação. Entre os depoimentos colhidos, a mãe de um aluno, Juliana Celeste, defendeu a permanência da atual direção. “Sou a favor da direção que fique porque eles limparam todos os banheiros, arrumaram as portas da escola e colocaram assentos nos vasos sanitários. Antes, as crianças não tinham banheiros decentes”, afirmou.
Por outro lado, a mãe Tais Bandeira deixou claro o desejo de uma gestão mais participativa. “Não queremos apenas que o Cristian continue, mas desejamos democracia! Temos que ter direito ao voto! Eles tiram e colocam quem querem sem consultar os pais”, disse.
Diante da repercussão do caso, o MPV enviou mensagens ao SEDUC RS e aguarda informações adicionais sobre a situação. As atividades na escola também foram afetadas por uma decisão polêmica relacionada ao Grupo Escoteiro Ubuntu, que opera na instituição há sete anos. Em um ofício ao CRE, o presidente do grupo, Gustavo Gomes, relatou que, no dia 1º de março de 2025, foi surpreendido com a proibição de uso do espaço escolar para as atividades escoteiras, sem aviso prévio.
Gustavo descreveu no documento as dificuldades enfrentadas pelo grupo e a abrupta interrupção das atividades, o que violaria os direitos da criança e do adolescente previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O ofício também ressaltou que um contrato de parceria formal existe entre o grupo e a escola, o que torna a decisão da direção ainda mais controversa, visto que não houve o cumprimento do aviso prévio de 120 dias.
Diante da gravidade da situação, Gustavo solicita a intervenção do CRE para reverter a proibição das atividades escoteiras e pede uma apuração das legalidades da decisão conformidades com os direitos de crianças e adolescentes.
Na próxima segunda-feira, 24 de março, a equipe do MPV retornará ao CRE para buscar mais esclarecimentos acerca da atual e possível nova direção da Escola Estadual Paulo da Gama. Para mais detalhes, os depoimentos dos pais e o cronograma do ocorrido estão disponíveis no vídeo no canal MPV TV - POA RS.
O desfecho desse caso permanece incerto, mas a comunidade escolar já demonstrou que está disposta a lutar por seus direitos e pela democracia em suas decisões administrativas.
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