A reestruturação dos pontos de embarque e desembarque de oito linhas de lotação no Centro Histórico de Porto Alegre trouxe benefícios visíveis para os passageiros, mas criou desafios operacionais para os motoristas. As linhas, que antes operavam em terminais dispersos, agora concentram-se na Avenida Borges de Medeiros, entre as ruas dos Andradas e Senador Salgado Filho, como parte das obras de revitalização do Quadrilátero Central. Passageiros elogiam a maior visibilidade e segurança, enquanto motoristas reclamam de espaços apertados e manobras perigosas.
Os novos terminais facilitaram o acesso para quem circula a pé, como relataram usuários como Antônio Delcide Vargas e Marlene Cardoso, que destacaram a praticidade da localização próxima ao Mercado Público. No entanto, motoristas como Juarez Machado, da linha Menino Deus, enfrentam dificuldades: "Tem que dar marcha à ré várias vezes para fazer o retorno, e o risco de atropelamento aumentou". A proximidade com esquinas movimentadas e os pinos de ferro instalados após as obras reduziram ainda mais o espaço para manobras.
A EPTC, responsável pelo trânsito e transporte, foi questionada sobre os problemas relatados, mas não se manifestou até o fechamento desta edição. Enquanto isso, fiscais como Eugênio da Silva Feijó defendem a mudança, argumentando que o novo layout trouxe mais organização e segurança para os passageiros, antes dispersos em pontos pouco visíveis durante as obras.
O impasse revela o desafio de conciliar eficiência no transporte urbano com a realidade operacional. Se, por um lado, a centralização melhorou a experiência do usuário, por outro, a falta de espaço adequado para manobras e estacionamentos irregulares no canteiro central da Borges de Medeiros criou novos obstáculos. A solução pode exigir ajustes na sinalização e fiscalização para equilibrar segurança, fluidez e praticidade.
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