Quarta, 30 de Abril de 2025 06:39
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Colunistas Capa

A importância de um livro ter uma capa bonita.

Crie capas chamativas!!!

11/04/2025 13h00
Por: Renatha Pessoa Fonte: Fonte: Renatha Pessoa / Imagem: Laranja mecânica (1971)
Fonte: Renatha Pessoa / Imagem: Laranja mecânica (1971)
Fonte: Renatha Pessoa / Imagem: Laranja mecânica (1971)

Como escritores, pensamos muito sobre a história. Qual vai ser o final? E o meio? Como vou desenvolver o protagonista? Mas... e a capa?

É óbvio que uma capa bonita não é tudo. A DarkSide tem livros lindíssimos, mas não significa que sejam bons por causa disso. Admito que esse exemplo em específico não foi muito bom porque gosto muito dos livros da DarkSide, mas o documentário “H.H. Holmes” é um exemplo de um livro lindo e cansativo.

Ele foi muito bem escrito! Tem todas as informações sobre o caso – até demais. Nas últimas 100 páginas, admito que li na força do ódio. É um livro mediano, na minha opinião (o livro sobre o caso “BTK” é muito mais interessante, tendo conteúdo sem ser maçante), mas eu comprei por causa da capa sem nem saber a sinopse!

Ele tem uma estética gótica, incluindo diversas imagens e ilustrações que chamam a atenção. É o tipo de livro que vale a pena ter na estante.

Mesmo assim, já li livros feios que são muito bons. A minha edição de “O tempo e o vento” está literalmente caindo aos pedaços. Eu sei que esse livro tem mil e uma edições, mas eu acho que tenho a mais feia de todas! Ela é toda rasgada e tem até uma fita colando a parte de cima da capa para não cair.

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Não tem nenhuma ilustração ou imagem bonita, mas o livro em si é muito bom. Não é um dos meus favoritos da vida, mas com certeza é incrível! Sem contar que é uma leitura muito importante porque cai com frequência em vestibulares como ENEM e UFRGS e, além disso, é frequentemente mencionado quando o assunto é literatura.

Eu poderia ir em uma livraria e comprar uma edição mais bonita, o que é algo muito comum para os leitores (primeiro comprar uma edição comum e depois uma edição chique), mas não sinto essa necessidade. Tive uma boa experiência com a primeira edição que li.

No entanto, devo admitir que, além de leitora, sou uma colecionadora de livros. Sou apaixonada por edições bonitas! Tenho uma edição de “Laranja mecânica” que comprei em Londres durante o meu intercâmbio e ela é... magnífica. É a edição especial de 50 anos com uma capa laranja-neon e uma estátua do Beethoven com as características do Alex, o protagonista (o chapéu e os cílios).

Decidi fazer essa compra porque é o meu livro favorito e eu não poderia perder a oportunidade de fazer uma releitura em inglês!

De qualquer forma, as capas bonitas não consistem apenas em ter uma capa dura e ilustrações feitas por artistas renomados. Considero a capa do meu terceiro livro muito bonita e ela é literalmente apenas uma foto que eu mesma tirei.

Tudo bem, tudo bem, não é apenas uma foto... é A FOTO! Encontrei essa caveira no National British Museum, também durante o meu intercâmbio. Essa imagem acabou se tornando um personagem muito importante para o meu livro “Triângulos: o último banquete” e por isso apareceu na capa, mas agora vou admitir que primeiro tive a ideia de colocar essa imagem na capa e depois a incorporei no personagem.

Inicialmente, Eugênio Ovelha era levemente deformado igual a todos os outros. A questão é que a adição da caveira me deu a liberdade de exagerar na aparência de muitos e muitos outros personagens que, inicialmente, tinham apenas uma cicatriz ou outra. Até mesmo criei um personagem secundário que não tem mandíbula e fica com a língua pendurada, conversando apenas por meio de um aparelho.

O mais comum é que o contrário aconteça – primeiro escrever o livro e depois escolher a capa -, mas agora olhe sua galeria de fotos e escolha a melhor foto que tiver. Não pense no contexto da sua história e nem em aspectos técnicos, apenas considere a beleza (independente do que isso significar para você).

Agora pense como você pode incorporar essa imagem na sua história ou até mesmo como você pode criar algo totalmente novo a partir daquilo! Pode ser apenas uma cena, mas já é uma inspiração.

Muitas vezes, não usamos as ferramentas disponíveis porque não sabemos que elas existem. Imagens me ajudam muito a escrever! Não apenas as que aparecem nas capas, mas imagens que encontro no aplicativo “Pinterest” com certeza fazem um grande papel nos meus livros.

Esse aplicativo foi feito para você ter inspiração de roupas, lugares, nomes e muitos outros tópicos relevantes para escritores. Você pode até mesmo encontrar inspiração para sua capa!

Confira meu podcast “Café com Leite e Conversas”! Nele eu entrevisto artistas de Porto Alegre sobre suas carreiras. No link a seguir, você terá acesso à entrevista com o escritor “Mauro Medeiros”: https://youtu.be/VUrM41wc55M?si=jKOe2I9d10WbmBbv

Os nomes dos meus livros são “Quer jogar? Tesouras não cortam só cabelo” e “Luzes, câmera e vingança”. Ambos estão disponíveis no Kindle e, na versão física, em sites como Mercado Livre, Ponto Frio, Americanas, Casas Bahia etc.! Confira as sinopses:

"Nesta distopia, diversas pessoas pagam um alto preço para assistir e ter a chance de entrar no honrado O Jogo, no qual há um grupo de pessoas e, ali, um assassino. Na Temporada 11, no entanto, algumas coisas dão errado, mudando o destino desse evento para sempre. Entre assassinatos brutais e disputas entre jogadores, a plateia faz apostas e observa-os com fogo nos olhos, mal podemos esperar para descobrir o que acontecerá a seguir." Dilva Camargo Artista Visual.

“Durante o jantar, ocorre uma morte repentina na mesa da família Capellier. No entanto, não podem chamar a polícia porque seu sobrenome não seria muito bem-visto na delegacia por causa do passado de Francisco, um corrupto de primeira classe.

Para a surpresa de todos, ele morre, mas ninguém iria no seu funeral porque era odiado pelo mundo inteiro. Para não deixar passar em branco, os Capellier, uma família burguesa, não podiam perder a oportunidade de convidar seus inimigos (pelo menos, os que podiam listar) para se hospedarem na sua mansão absurdamente glamorosa e compartilhar a raiva mútua que sentiam contra o homem que, agora, estava morto.

Todos aceitam o convite sem pensar duas vezes, mas a família não imagina o quão sedentos por vingança estão os convidados...”

Valéria do Sul

(Deivid Jorge Benetti),

do Portal de Notícias MPV

“Se algo pode ser dito sobre Triângulos: o último banquete, de Renatha Pessoa, é que se trata de algo bastante original. Uma experiência literária própria e corajosa, onde o simbolismo das formas geométricas ora aponta para o psicológico, ora para o social num mundo cheio de caos e fúria. Concomitantemente, esse mundo feroz é ordenado e pasteurizado, padronizado por normas, notas e regulamentos de todo tipo, que surgem e desaparecem sem explicação ou questionamento, um mundo frio e insípido que não chega a fazer sentido nunca, mas que recupera sua inteireza nos momentos de rituais de dor e morte, um mundo onde a rainha louca de Alice venceu completamente.”

Everton Nobre

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Renatha Pessoa - Escritora
Sobre Renatha Pessoa - Escritora
A coluna esta nas mãos de uma escritora com 14 anos de idade apaixonada por literatura. Que já publicou seu livro “Quer jogar? Tesouras não cortam só cabelo” Ele já está disponível. Falarei sobre informações literárias, desde dicas para escritores até o sumiço da Agatha Christie.Este espaço reservado especialmente para aqueles que gostam de livros e querem saber mais. Para quem pesquisa sobre autores, procuram significados em cada palavra e amam colecionar marca-páginas.
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