O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional nesta terça-feira (15) a proposta de salário mínimo de R$ 1.630 em 2026, representando um aumento de 7,37% em relação ao atual R$ 1.518. O reajuste está previsto no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e segue a regra do novo arcabouço fiscal, que permite crescimento real limitado a 2,5% acima da inflação – estimada em 4,76% pelo INPC.
Além do valor para 2026, o PLDO traz projeções preliminares para os anos seguintes: R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029. Essas estimativas serão revisadas anualmente, conforme a evolução econômica. O modelo atual contrasta com a fórmula vigente até 2019, que previa correção pelo INPC mais variação do PIB de dois anos antes – o que resultaria em ganho real de 3,4% sem as travas atuais.
O impacto orçamentário do reajuste é significativo: cada aumento mínimo eleva os gastos públicos em R$ 400 milhões, devido à vinculação de benefícios como Previdência Social, abono salarial, seguro-desemprego e BPC. Em 2026, a Previdência, por exemplo, teria R$ 115,3 bilhões em despesas adicionais, parcialmente compensados por R$ 71,2 bilhões em arrecadação.
A proposta reflete o equilíbrio entre proteção ao poder de compra dos trabalhadores e a sustentabilidade fiscal, tema sensível após o pacote de controle de gastos de 2023. Enquanto o Congresso analisa o PLDO, entidades sindicais e especialistas debatem se o reajuste proposto será suficiente para recuperar perdas acumuladas frente ao custo de vida.
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