O governo dos Estados Unidos alterou radicalmente sua posição oficial sobre as origens da Covid-19 nesta sexta-feira (18), acusando a administração Biden de suprimir evidências de que o vírus teria vazado de um laboratório em Wuhan, na China. A nova versão publicada no site da Casa Branca rejeita a tese amplamente aceita pela comunidade científica de transmissão natural (de animais para humanos) e aponta o Instituto de Virologia de Wuhan como possível epicentro da pandemia.
A atualização inclui um mapa destacando os 7 km que separam o laboratório do mercado de frutos do mar de Wuhan – antes considerado o foco inicial do surto. O texto ataca diretamente o renomado infectologista Anthony Fauci, ex-assessor de Biden, acusando-o de basear-se em um único estudo para promover a "narrativa preferida" da origem natural. "Autoridades de saúde pública e a mídia usaram este relatório para desacreditar a teoria do vazamento laboratorial", afirma a declaração oficial.
A mudança reacende uma das polêmicas mais divisivas da pandemia. Embora a hipótese de acidente laboratorial nunca tenha sido comprovada – nem descartada oficialmente –, a falta de transparência da China e as contradições nas investigações alimentaram teorias conspiratórias desde 2020. Agora, a Casa Branca sugere que a gestão Biden teria "ocultado" indícios para evitar tensões diplomáticas com Pequim.
O anúncio ocorre em meio à campanha eleitoral americana, onde Trump busca capitalizar o tema como crítica à administração rival. Especialistas alertam que a politização do debate científico pode prejudicar futuras cooperações internacionais em saúde pública, enquanto a OMS continua investigando as origens do vírus sem conclusões definitivas.
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