Após cinco dias de caminhada, centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entraram em Porto Alegre nesta segunda-feira, atravessando a ponte móvel do Guaíba sob vigilância pacífica da PRF. A marcha, que partiu de São Gerônimo, culminará em uma reunião com o governo do Rio Grande do Sul na quarta-feira, onde serão discutidas pautas urgentes, como novos assentamentos e o reassentamento de famílias desabrigadas pelas enchentes de 2024.
A mobilização integra o "Abril Vermelho", em memória ao massacre de Eldorado do Carajás (1996), quando 21 sem-terra foram assassinados. "Reivindicamos reforma agrária popular e solução para mais de 1,6 mil famílias acampadas no estado", destacou Marlon Fragas, coordenador do MST. Além da luta pela terra, o movimento defende avanços em agroecologia e políticas para mulheres rurais.
Na quarta-feira, lideranças do MST se reunirão com o secretário-chefe da Casa Civil e outros representantes do Executivo estadual para negociar as demandas. O encontro será crucial para definir os rumos das políticas agrárias no RS, em um contexto de crescente pressão por direitos sociais e ambientais.
A marcha, encerrada sem conflitos, simboliza a resistência de um movimento que, mesmo após décadas, mantém viva a luta por justiça e distribuição de terras. Agora, os olhos se voltam para a resposta do governo.
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