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Porto Alegre e Região Metropolitana AJUDA

Mães com criança especiais PRECISAM DE AJUDA!

Mães de crianças especiais de Alvorada pedem retorno do TRI Integrado para atendimentos médicos em Porto Alegre.

14/05/2025 03h00 Atualizada há 1 mês
Por: Redação Fonte: Repórter Rua MPV
Foto: Print
Foto: Print

Sem condições financeiras para arcar com múltiplas passagens, famílias enfrentam dificuldades para levar seus filhos a consultas na capital. MPV reúne relatos e cobra respostas das autoridades.

A equipe do portal Mostrando Pra Você (MPV) esteve no bairro Jardim Aparecida, em Alvorada, para ouvir mães de crianças com necessidades especiais que estão enfrentando um grave problema: o cancelamento do acesso ao TRI Integrado em Porto Alegre. A medida tem afetado diretamente o tratamento de saúde dos filhos dessas famílias, que dependem do transporte público para se deslocar até hospitais e clínicas da capital, onde são realizados atendimentos especializados.

Márcia, uma das mães entrevistadas, relatou o drama vivido por muitas famílias na mesma situação. Ela explica que antes conseguia levar a filha para consultas médicas em Porto Alegre utilizando o TRI, com isenção da tarifa. No entanto, desde que a prefeitura da capital suspendeu o benefício para moradores de outras cidades, a situação se tornou insustentável.

“Minha filha é especial. Eu não tenho como pagar duas, três passagens para cada consulta. A gente mora em Alvorada, mas precisa ir até Porto Alegre porque aqui não tem os médicos e terapias que ela precisa. Quando tentam me tirar do ônibus, eu sento com ela na frente e digo: ‘não vou descer, ela é especial’. É o que posso fazer como mãe”, declarou Márcia, emocionada.

Outra mãe, Sandra, relatou que tem tentado contato com a Prefeitura de Alvorada em busca de apoio, mas não obtém resposta. Segundo ela, a ausência de diálogo com os gestores locais tem agravado a situação e deixado as famílias desamparadas. “A gente está implorando ajuda. Não queremos luxo, só queremos levar nossos filhos ao médico. Isso é um direito deles”, disse.

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A situação levanta um debate importante sobre a responsabilidade dos municípios diante das necessidades de pessoas com deficiência. Em Porto Alegre, a legislação prevê isenção no TRI para crianças e adolescentes com deficiência, desde que comprovem residência na capital e que a renda familiar não ultrapasse um determinado limite. Contudo, quem reside em cidades da Região Metropolitana, como Alvorada, fica de fora da política de gratuidade — ainda que dependa diretamente da rede de saúde de Porto Alegre.

As mães entrevistadas pela equipe do MPV afirmam que não pedem privilégios, apenas igualdade de acesso. “Meu filho não escolheu nascer com necessidades especiais. Eu não escolhi ser pobre. Mas escolhi lutar por ele”, disse uma das moradoras que pediu para não ser identificada.

Diante da comoção causada pelos relatos, a equipe do MPV decidiu criar um grupo de WhatsApp para reunir todas as mães em situação semelhante e buscar, junto às autoridades de Alvorada e Porto Alegre, algum tipo de solução. A ideia é promover união, visibilidade e articulação entre as famílias, além de facilitar o contato com defensores públicos, vereadores e secretarias municipais.

A pergunta que fica é: quem pode ajudar essas mães? A Constituição Federal garante o direito à saúde e à acessibilidade. Mas na prática, quando o transporte público é negado, esses direitos deixam de existir para muitas famílias. A equipe do MPV segue acompanhando o caso e continuará cobrando respostas dos órgãos responsáveis.

Para os interessados em apoiar a causa ou que também enfrentam a mesma dificuldade, o MPV disponibilizará em breve um canal de contato direto com o grupo de mães e com a equipe de reportagem.

Realizamos a Entrevista com as mães no Canal do YouTube  explicando a situação  

 

2 comentários
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Carmen Lúcia VolpatoHá 3 semanas Porto Alegre RSNo ensino público “normal” as prefeituras são obrigadas a oferecerem transporte escolar.. porque as pacientes com necessidades especiais não tem o mesmo direito??
SuzelHá 1 mês AlvoradaPrecisamos de mais atenção para nossas mães atipicas e seus filhos!!
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