Em seu primeiro discurso oficial como líder da Igreja Católica, o papa Leão XIV declarou nesta quarta-feira (14) que fará "todos os esforços" pela paz mundial, oferecendo o Vaticano como mediador em conflitos. O sucessor do papa Francisco, primeiro pontífice nascido nos EUA, já conversou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e acompanha as possíveis negociações Rússia-Ucrânia em Istambul nesta quinta (15). "A guerra nunca é inevitável", afirmou, criticando soluções armadas.
O novo papa demonstrou especial preocupação com cristãos perseguidos em zonas de conflito como Ucrânia, Síria e Iraque, pedindo "paz autêntica" para estas regiões. Seu apelo incluiu um cessar-fogo em Gaza, a libertação de reféns israelenses e apoio à frágil trégua entre Índia e Paquistão. A Santa Sé se coloca como facilitadora para "reunir inimigos cara a cara", com Leão XIV enfatizando que "os pacificadores é que fazem a história".
A diplomacia vaticana ganha novo fôlego com a confirmação de que Zelensky comparecerá à missa de posse do papa em 18 de maio, onde devem ocorrer encontros paralelos. Enquanto isso, o Kremlin mantém a proposta de diálogo direto em Istambul, com uma delegação russa pronta para negociar - embora sem revelar seus integrantes até ordens de Putin.
Em um mundo polarizado, Leão XIV alertou contra visões maniqueístas: "Narrativas que dividem o mundo entre bem e mal são perigosas". Seu discurso inaugural sinaliza um papado ativo na geopolítica, buscando reposicionar a Igreja como mediadora em um cenário internacional marcado por tensões crescentes. Com crises simultâneas na Europa, Oriente Médio e Ásia, o Vaticano se oferece como espaço neutro para diálogos até então impossíveis.
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