O Rio Grande do Sul acionou medidas emergenciais após confirmar o primeiro foco de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre. A partir deste sábado (17), barreiras sanitárias serão instaladas no perímetro de 10 km do local para desinfecção de veículos que transportam animais, ração e leite. O vírus, de alta patogenicidade, já matou quase todas as 17 mil aves da propriedade, levando ao sacrifício das sobreviventes e à destruição de materiais contaminados.
O governo estadual, em conjunto com o Ministério da Agricultura, investiga como o vírus chegou à granja, já que, até então, a doença só havia sido detectada em aves silvestres no Brasil. Além disso, uma suspeita de contaminação no Zoológico de Sapucaia do Sul – onde cerca de 90 aves aquáticas morreram – está sob análise. Como precaução, a Fenasul, maior feira agropecuária do estado, foi fechada ao público.
O impacto econômico já começou: o governo federal suspendeu as exportações de carne de frango do RS, e grandes compradores como China e União Europeia bloquearam por 60 dias as importações de todo o Brasil. Outros países, como Japão e Arábia Saudita, restringiram apenas produtos gaúchos. O ministro Carlos Fávaro afirmou que a meta é controlar o foco em até 60 dias, seguindo protocolos internacionais.
Autoridades reforçam que não há risco no consumo de carne de frango e ovos inspecionados, já que a doença não é transmitida por alimentos. Enquanto o estado trabalha para conter o avanço do vírus, o setor avícola brasileiro – um dos maiores do mundo – enfrenta um desafio sem precedentes para evitar prejuízos bilionários e recuperar a confiança do mercado internacional.
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