As ruas do Bom Fim, especialmente na confluência da Mariante com Liberdade e Cabral, viraram palco de um pesadelo noturno. Moradores relatam noites sem dormir, com gritarias até as 4h da manhã, ruas tomadas por garrafas, urina e aglomerações descontroladas. Enquanto isso, comerciantes, pressionados pelo caos, clamam por apoio da Prefeitura para manter a economia do bairro ativa sem afundar no caos.
O bairro, que se tornou o novo ponto de encontro da juventude porto-alegrense, vive uma dualidade insustentável: de um lado, estabelecimentos tentam operar dentro da lei, encerrando atividades à meia-noite; de outro, a dispersão do público gera tumulto até de madrugada, sem fiscalização. "Tem gente bloqueando a Rua Mariante, e ninguém faz nada", desabafa um motorista. A falta de banheiros químicos, lixeiras e policiamento agrava a situação, deixando todos à mercê do descontrole.
Comerciantes, que afirmam estar regularizados, defendem-se: "O problema não somos nós. Queremos trabalhar, mas precisamos de estrutura". Grades foram instaladas para conter aglomerações, mas a ausência do poder público aprofunda o conflito entre quem busca sossego e quem tenta manter seu negócio vivo.
Enquanto moradores exigem paz e comerciantes pedem soluções, o Bom Fim parece gritar por socorro. Nos próximos dias, o MPV traz entrevistas exclusivas com os protagonistas desse drama urbano. Uma coisa é certa: sem ação efetiva, o bairro caminha para um colapso sem volta.
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