Porto Alegre está prestes a reabrir as portas da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA), totalmente reformada após anos como símbolo de caos no sistema prisional. Com nove módulos modernos e capacidade para 1.884 detentos, a nova estrutura deve começar a receber presos entre final de junho e início de julho, segundo o governo do estado. O antigo Presídio Central, considerado por décadas um dos piores da América Latina, foi demolido após a transferência de quase 2 mil presos em 2023.
O governador Eduardo Leite destacou a mudança: "Deixamos para trás um cenário desumano e agora oferecemos dignidade e controle penitenciário". A reforma incluiu celas resistentes a motins, áreas de visitação seguras e a eliminação das antigas cantinas controladas por facções, que movimentavam R$ 300 mil mensais em esquemas ilegais. Além disso, os presos receberão kits de higiene e uniformes padronizados, reduzindo desigualdades internas.
A estrutura conta ainda com isolamento térmico, proteção contra drones e áreas para atendimento psicossocial. Apesar das melhorias, críticas persistem sobre a falta de ventilação artificial nas celas – questão que a Polícia Penal minimiza, garantindo conforto com materiais de alta tecnologia. A Defensoria Pública e familiares de presos questionam a medida, especialmente em dias de calor extremo.
Com a entrega da obra, o estado busca romper com o passado de superlotação e violência, mas o Sindicato da Polícia Penal alerta para a falta de agentes suficientes na vigilância. A CPPA renasce como um teste para a ressocialização e segurança, enquanto o Rio Grande do Sul tenta virar a página de um dos capítulos mais sombrios do seu sistema carcerário.
Mín. 11° Máx. 19°
Mín. 11° Máx. 18°
ChuvaMín. 6° Máx. 14°
Chuva