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Porto Alegre e Região Metropolitana Caos na Saúde

HPS de Canoas estocava insumos médicos lacrados durante falta em emergências

Prefeitura descobre estoque de materiais essenciais encaixotados enquanto pacientes sofrem com falta de recursos.

09/06/2025 15h15
Por: Fernanda Redação Fonte: Agência GBC
Foto: Repórter MPV
Foto: Repórter MPV

Servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Canoas encontraram insumos e equipamentos médicos lacrados e encaixotados dentro do Hospital de Pronto Socorro (HPS), durante uma vistoria realizada na sexta-feira (6). Entre os itens estocados estavam agulhas, seringas, luvas cirúrgicas, fios de sutura e até camas hospitalares – materiais essenciais que estavam em falta em outras unidades de saúde. "Encontramos fios de sutura que faltavam na semana passada, enquanto estavam guardados aqui. Um absurdo", denunciou Gustavo Correa, secretário adjunto de Gestão Hospitalar.

Os materiais, localizados em salas que antes abrigavam a administração do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), estão sendo redistribuídos para o Hospital Nossa Senhora das Graças e para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Correa destacou que a falta desses recursos impactava diretamente o atendimento aos pacientes, especialmente na emergência, onde equipamentos básicos, como leitos, eram insuficientes.

A descoberta ocorre dias após a Prefeitura romper o contrato com o IAHCS, responsável pela gestão do HPS. O secretário municipal de Governo, João Portella, explicou que a decisão foi tomada após falhas recorrentes, incluindo a queda no volume de atendimentos após as enchentes e atrasos no pagamento de profissionais. "A Prefeitura não podia manter um serviço que não atendia às necessidades da população", afirmou.

Com a rescisão, os serviços de emergência do HPS passaram a ser realizados pelo Hospital Nossa Senhora das Graças. A redistribuição dos insumos encontrados busca sanar carências críticas, mas expõe graves problemas de gestão que podem ter prejudicado pacientes em situação de vulnerabilidade. A população aguarda respostas sobre como recursos essenciais ficaram parados enquanto vidas dependiam deles.

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