O influenciador digital Nego Di (Dilson Alves) e seu sócio Anderson Boneti foram condenados nesta terça-feira (10) a 11 anos e 8 meses de prisão cada, em regime fechado, por 370 crimes de estelionato cometidos através da loja virtual "TADIZUERA". A decisão da juíza Patrícia Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas (RS), revelou um esquema que ludibriou 16 vítimas na cidade – muitas de baixa renda – com promessas de eletrônicos a preços irrisórios entre março e julho de 2021.
Investigações apontam que a dupla arrecadou mais de R$ 5 milhões sem entregar nenhum produto. O dinheiro foi rapidamente "pulverizado" para diversas contas, segundo o rastreamento bancário. Enquanto Boneti cumpre prisão preventiva, Nego Di – que tinha 1,5 milhão de seguidores – está em liberdade por decisão do STJ, mas proibido de acessar redes sociais.
Em sua sentença, a juíza destacou a "credibilidade" do influenciador como ferramenta do crime: "Um esquema meticuloso que se valeu da fama de um dos réus para retardar a percepção das vítimas". A magistrada enfatizou que os golpes atingiram principalmente pessoas humildes que buscavam itens essenciais como TVs e celulares.
O caso expõe o lado sombrio do digital: Nego Di usou sua imagem para aplicar golpes enquanto Boneti gerenciava a operação financeira. Com provas robustas, a Justiça gaúcha mandou um recado claro contra crimes cibernéticos, mas as vítimas ainda aguardam reparação – nenhum centavo dos R$ 5 milhões foi recuperado.
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