O Guaíba superou a cota de alerta em Porto Alegre na noite desta sexta-feira (20), atingindo 2,48m no Cais Mauá e 3,02m na Usina do Gasômetro — acima dos limites considerados seguros. A Defesa Civil alerta que o aumento do nível eleva o risco de alagamentos, mas a inundação só ocorrerá se fatores como vento, chuvas intensas e o represamento de águas de afluentes, como Jacuí e Caí, agravarem a situação. Enquanto isso, órgãos mantêm a situação sob controle, sem orientação para evacuações.
O momento mais crítico é esperado para este sábado (21), com o possível pico da cheia. O coronel Evaldo Rodrigues, coordenador da Defesa Civil, afirma que o vento Sul ainda influencia o represamento, mas não de forma significativa. "O nível deve começar a baixar após o pico, com a fluidez pela Lagoa dos Patos", explica. Especialistas da UFRGS reforçam que, apesar do aumento, a cota de inundação (3,6m no Gasômetro) não deve ser atingida, com projeções indicando um máximo de 3,2m.
Enquanto Porto Alegre monitora o Guaíba, outras cidades gaúchas já enfrentam cheias. O Rio dos Sinos, em São Leopoldo, ultrapassou a cota de inundação, e o Gravataí permanece em alerta. Na Fronteira Oeste, Alegrete e São Borja seguem em situação crítica, enquanto Uruguaiana e Itaqui entraram em estado de atenção. Por outro lado, rios como o Taquari e o Caí registraram queda nos níveis, aliviando parte da pressão hídrica na região.
Em Cachoeira do Sul, o Jacuí igualou a segunda maior cheia da história (26,5m), repetindo o recorde de 1941. Apesar do cenário preocupante, a Defesa Civil reforça que as estruturas de contenção estão funcionando e que as equipes permanecem em alerta para eventuais mudanças no comportamento dos rios nas próximas horas.
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