Um médico de 48 anos foi preso em flagrante nesta quinta-feira na Zona Leste de Porto Alegre por armazenar imagens de abuso sexual infantil em seus dispositivos eletrônicos. Casado e pai de uma filha pequena, o profissional - cuja especialidade e local de atuação não foram divulgados - teria admitido informalmente os crimes. A prisão ocorreu após meses de investigação, iniciada em maio, quando um conhecido do médico encontrou o material criminoso em seu celular e fez uma denúncia anônima.
A operação foi realizada pela 2ª Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com apoio do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Durante a busca em sua residência, peritos encontraram fotos e vídeos de pornografia infantil em celulares e notebooks do médico. "Cada imagem ou vídeo representa não apenas um crime em si, mas evidencia a ocorrência de outros cometidos contra uma vítima real", destacou a delegada Sabrina Teixeira, titular da DPCA.
Segundo as autoridades, o médico não tinha antecedentes criminais e nenhuma das vítimas seria paciente dele. A investigação aponta que o material foi obtido por meio da internet. Desde abril, a Polícia Civil gaúcha conta com um núcleo especializado em crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. "A internet pode passar falsa sensação de anonimato, mas esses crimes estão sendo rigorosamente apurados", afirmou Raul Vier, diretor da Deca.
O caso choca pela dupla vida do acusado: um profissional da saúde, pai de família, agora envolvido em crimes hediondos contra crianças. As investigações continuam para identificar a origem do material e possíveis outros envolvidos. O médico responderá pelos crimes de posse e armazenamento de pornografia infantil, com penas que podem chegar a oito anos de prisão.
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