Em discurso na abertura da reunião ministerial de finanças do Brics no Rio de Janeiro, o ministro Fernando Haddad posicionou o Brasil como ancoradouro de estabilidade em meio às turbulências globais. "Almejamos consolidar-nos como porto seguro em um mundo instável", declarou o chefe da Fazenda, que coordenou o evento a portas fechadas com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacando a "resiliência" da economia brasileira e o desenvolvimento industrial com responsabilidade socioambiental.
Haddad defendeu reformas profundas no sistema financeiro internacional para facilitar comércio e investimentos entre os países do bloco. O ministro citou avanços em diálogos sobre tributação de grandes fortunas, parcerias público-privadas e modernização aduaneira - pilares da presidência brasileira do Brics, que ele classificou como marcada por "serenidade e ambição".
O anúncio mais aguardado foi o da Tropical Forest Forever Facility (TFFF), programa de preservação amazônica que o Brasil pretende lançar na COP-30, em Belém. "Conto com o compromisso de todos para esse objetivo histórico", conclamou Haddad, defendendo a mobilização de recursos públicos e privados para segurança alimentar e transição ecológica.
O encontro preparatório para a cúpula de outubro em Kazan (Rússia) mostrou o Brasil articulando uma agenda que combina estabilidade macroeconômica com inovação ambiental. Enquanto promete previsibilidade aos investidores, o governo busca reposicionar o país como líder global na governança climática e financeira entre economias emergentes.
Mín. 9° Máx. 21°
Mín. 11° Máx. 20°
Tempo limpoMín. 12° Máx. 20°
Tempo nublado