Desde o início de 2024, uma nova fase na identificação dos brasileiros foi inaugurada com a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN). De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), cerca de 11,5 milhões de cidadãos já emitiram o novo documento, que visa unificar os registros em todo o país através do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Este número representa um avanço significativo em um projeto que busca modernizar e simplificar a identificação civil no Brasil, aumentando a segurança e reduzindo a burocracia.
A nova CIN substitui o antigo Registro Geral (RG), que, até então, permitia que um cidadão possuísse até 27 números diferentes – um para cada unidade federativa. Com a nova identidade, o CPF passa a ser o único identificador, o que, segundo o governo, não apenas facilita o gerenciamento dos cadastros administrativos, mas também fortalece as verificações das Forças de Segurança Pública e mitiga problemas de fraude.
Adesão Nacional e Vantagens da CIN
Embora o documento esteja disponível em quase todo o território nacional, Roraima é o único estado que ainda não iniciou a emissão da nova carteira. A responsabilidade pela emissão do RG unificado é de cada estado, e os cidadãos de qualquer idade podem solicitar a CIN. Essa uniformidade é um dos principais benefícios da mudança, já que elimina a possibilidade de múltiplos registros e, consequentemente, fraudes relacionadas à identidade.
O novo documento também segue padrões internacionais, sendo equipado com um código MRZ (Machine Readable Zone), similar ao encontrado em passaportes. Este código permite que a CIN seja usada para entrar em países do Mercosul sem a necessidade de passaporte, facilitando o trânsito de brasileiros pela América do Sul. Para os demais países, o passaporte ainda é necessário.
Além da redução de fraudes, outra vantagem significativa da nova identidade é a inclusão de um QR Code, que permite verificar a autenticidade do documento e consultar informações sobre furtos ou extravios. Esta funcionalidade pode ser acessada por qualquer smartphone, o que torna o processo de verificação rápido e acessível.
Procedimentos para Obtenção e Validade
Para obter a nova Carteira de Identidade Nacional, os cidadãos devem apresentar sua certidão de nascimento ou casamento, que pode ser em formato físico ou digital. O documento é emitido em papel de segurança ou em cartão de policarbonato, dependendo da escolha do requerente, além de estar disponível em formato digital.
A validade da CIN varia de acordo com a idade do titular:
Essas regras de validade são importantes para garantir que a foto e as informações do documento estejam sempre atualizadas, especialmente em uma sociedade em que a aparência das pessoas pode mudar consideravelmente ao longo do tempo.
Um ponto positivo é que tanto a emissão da primeira via quanto as renovações da CIN são gratuitas, o que facilita o acesso ao novo documento por todos os brasileiros, independentemente de sua condição financeira.
Transição e Prazo para Substituição
O processo de transição do antigo RG para a nova CIN está previsto para durar até 2032, quando o RG tradicional perderá sua validade definitiva. Até lá, os cidadãos poderão continuar utilizando seus documentos antigos, mas é recomendável realizar a substituição o quanto antes para evitar complicações futuras, como dificuldades em viagens internacionais dentro do Mercosul ou em situações de verificação de identidade.
A transição para a CIN também reflete uma modernização necessária, considerando o cenário digital em que vivemos. A presença do documento em formato digital permite que os brasileiros tenham mais praticidade no dia a dia, podendo acessar sua identidade diretamente pelo smartphone, sem a necessidade de portar o documento físico em todas as ocasiões.
Impacto na Segurança e na Sociedade
A implementação da Carteira de Identidade Nacional não apenas unifica os registros civis, mas também promete um impacto positivo na segurança pública. Com um único número de identificação, a possibilidade de fraudes se torna significativamente menor. O antigo sistema, que permitia múltiplos RGs, era vulnerável a fraudes, como a criação de identidades falsas ou a prática de crimes sob diferentes números de RG. Com a CIN, esses riscos são mitigados, proporcionando maior segurança para os cidadãos e para o Estado.
O novo documento também facilita o trabalho das forças de segurança, que agora têm um registro mais unificado e preciso dos cidadãos. Isso é crucial em investigações e na prevenção de crimes, já que a rastreabilidade e a verificação de identidades são mais eficientes.
A introdução da CIN é parte de um esforço maior para modernizar a administração pública e aproximar o Brasil dos padrões internacionais de identificação. À medida que mais estados adotam o novo sistema, a expectativa é que a adesão continue crescendo, com mais brasileiros se beneficiando das vantagens do novo RG.
Além da segurança, a CIN representa uma mudança cultural, onde o CPF se torna o principal identificador do cidadão em todas as esferas, desde bancos de dados públicos até interações cotidianas. Essa mudança reflete uma sociedade que caminha para a digitalização e para a simplificação dos processos burocráticos, facilitando a vida do cidadão e tornando o sistema público mais eficiente.
Com a previsão de que todos os brasileiros migrem para o novo modelo até 2032, o futuro da identificação civil no Brasil parece promissor, com um sistema mais seguro, moderno e alinhado às necessidades contemporâneas. O novo RG é mais que um simples documento; é uma ferramenta que integra o cidadão de forma mais direta e eficiente à administração pública, proporcionando segurança e praticidade no dia a dia.
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