A Polícia Civil de Canoas, na Região Metropolitana, investiga a morte de um idoso que residia em um asilo interditado após uma decisão judicial. O homem, que teria sido agredido no dia 23 de setembro, faleceu dois dias depois, levantando suspeitas de maus-tratos e tortura por parte das cuidadoras do local. Carla da Silva Castro e Tatiane Zepellini foram presas em flagrante na sexta-feira (27) e tiveram suas prisões convertidas em preventivas após audiência de custódia no sábado (28).
A investigação foi impulsionada por denúncias e relatos de agressões recorrentes contra os idosos. Durante a apuração, a Polícia Civil obteve áudios onde cuidadoras faziam ameaças explícitas aos residentes do asilo. Frases como "vou matar esse velho" e "nós vamos botar ele na cadeira amarrado" foram captadas em gravações que agora servem como provas contundentes. O delegado responsável pelo caso afirma que as agressões e os insultos caracterizam não apenas maus-tratos, mas sim tortura.
Além das prisões, o Ministério Público solicitou a interdição do asilo após uma vistoria onde um idoso entregou um pendrive com gravações de maus-tratos. Durante a fiscalização, os promotores encontraram uma idosa em estado crítico, com hematomas e em condição de semiconsciência. A promotora Melissa Marchi Juchen destacou que as famílias dos residentes não tinham conhecimento do que acontecia dentro da instituição.
Após a interdição, os oito idosos que viviam no asilo foram transferidos para outras instituições, com alguns retornando para suas famílias. A situação acende um alerta sobre a necessidade de fiscalização e acompanhamento de instituições de longa permanência, especialmente em relação ao bem-estar dos idosos.
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