Eu já li centenas de livros. Sou uma devoradora deles e, de acordo com a plataforma “Skoob”, li 83 livros esse ano e estou na metade do “Crime e Castigo”, clássico do Dostoiévski. Li 84 livros esse ano (se não acredita, vai lá no “Skoob” e pesquisa @Renatha76).
Com tantas histórias, como consigo definir que minha favorita é “Laranja mecânica”? Como um livro com apenas 200 páginas pode conter a história que mudou minha vida sendo que, contando com todas as páginas lidas entre todos os livros que li ao longo da vida, foram 51.863?
Tive esse choque de realidade há poucos dias quando fui assistir a diversos musicais no estilo que amo. Não sei definir o estilo, mas eles são “Rocky Horror Picture Show”, “Cabaret”, “Chicago” e “Moulin Rouge”. Todos têm uma estética muito parecida, sendo situados em casas de show dos anos 1900-1930.
“Rocky Horror”, como os fãs carinhosamente chamam, é o meu favorito. O mais caótico e mais bizarro de todos, também. “Chicago” já é um pouco mais polido e elegante. “Cabaret” tem um drama profundo e trágico e, simultaneamente, um cabaré divertido que contradiz a realidade dos cidadãos da época. “Moulin Rouge”, diferente do “Cabaret”, transmite o drama nas próprias músicas.
Mesmo que “Rocky Horror” seja meu favorito e tenha me inspirado profundamente a escrever meu segundo livro, “Luzes, câmera e vingança”, “Cabaret” me marcou muito mais como pessoa. Não gostei tanto da tragédia porque, na minha opinião, a decisão da Sally foi ridícula, mas a aparência dela... ah, a aparência dela!
Sombra colorida! Um chapéu gigante! Cabelo curto e preto! Repito: cabelo curto e preto! Meu cabelo já é curto e, no dia seguinte ao qual assisti ao filme (literalmente), o pintei de preto. Fiz isso porque fiquei loucamente apaixonada pelo estilo da personagem.
Mesmo assim, “Rocky Horror” é meu musical favorito, depois vem “Mamma Mia!”, depois “Grease”, depois... bem, o que define algo como favorito?
Acredito que cada um tenha uma forma diferente de analisar as coisas. Quem gosta do musical “Cabaret”, com certeza ama glamour assim como os fãs dos outros musicais, mas também deve gostar de obras que falam sobre a Segunda Guerra Mundial e tragédias.
O que definimos como “melhor”, “menos melhor”, “médio”, “menos ruim” e “ruim” depende das nossas preferências como público. Me perdoe por assassinar a Língua Portuguesa, mas, para mim “Cabaret” é “menos melhor” do que “Rocky Horror”.
Como gosto muito de besteirol, camp, breguice e exagero, “Rocky Horror” continua como meu favorito. Agora, vamos falar sobre “Laranja mecânica”. Essa obra também tem seu lado bizarro, mas tem um significado muito profundo por trás. Principalmente no livro! Mesmo assim, entre outras obras, defino essa como a mais maluca e, por isso, ganha o primeiro lugar no pódio do meu coração.
Não existe uma escala para definir o que é melhor e o que é pior. É bem provável até mesmo que tenhamos assistido a um filme ou que tivéssemos lido um livro maravilhoso que tenhamos esquecido que é tão bom ou que não apreciamos na época.
“Como perder um homem em 10 dias” é exatamente esse tipo de filme, para mim. Quando assisti pela primeira vez, eu era muito nova e não gostei muito, mas é a minha comédia romântica favorita hoje em dia!
Minha vida e minha perspectiva mudaram muito nesses dois anos, fazendo com que eu parasse de pensar que romances bobos são ruins! Da mesma forma, comecei a gostar de musicais, algo que eu nem sequer pensava em assistir quando era mais nova.
Nossos gostos vão mudando e nossas preferências também, mas você não sente que sempre tem AQUELA coisa que te marcou eternamente? Coisas de quando eu era pequenininha, por exemplo, fizeram com que eu me tornasse quem eu sou hoje.
A Marceline, uma personagem de “Hora de Aventura”, era exatamente quem eu queria ser. Ela era uma vampira diferente de todas as outras personagens do desenho, que eram princesas indefesas que sempre precisavam da ajuda dos heróis Finn e Jake. Hoje em dia, reconheço o efeito que ela teve na minha vida, mas minha inspiração nos dias de hoje vem muito mais da parte da Sally de “Cabaret” do que da Marceline.
O nosso filme definitivamente favorito nunca mudará, mas o nosso filme temporariamente favorito, sim. Sinto que nunca vou assistir um desenho que vou amar tanto quanto amo “Monster High”, mas, agora que tenho 15 anos e assisto aos filmes, não consigo sentir tanta graça ao assisti-los. Mesmo assim, o afeto que tenho por eles faz com que minha opinião jamais mude.
O meu livro favorito sempre será “Laranja mecânica”; meu musical favorito sempre será “Rocky Horror”; minha personagem favorita sempre será a Marceline; meu desenho favorito sempre será “Monster High”. O resto? Apenas experiências.
É claro que, talvez, algum dia, eu encontre algo ainda melhor do que isso, mas será que encontraria algo mais marcante? Mais icônico? Mais admirável? Essas obras me definem como pessoa, assim como minhas bandas favoritas. Não importa quantos anos se passem e quantas músicas fiquem famosas, “KISS” e “Guns N’ Roses”, particularmente, estarão no topo das minhas playlists.
Existem coisas que apenas apreciamos e coisas que amamos profundamente. Não precisamos ter um motivo extremamente específico para isso. Apenas amamos e, sempre que pensamos sobre o assunto, vem um sorriso no nosso rosto.
Quando vemos alguém mais jovem apreciando aquilo que mudou nossas vidas quando tínhamos aquela idade, nos sentimos “na obrigação” de ensinar mais para aquela pessoa sobre o assunto. Caso eu visse alguém recém descobrindo musicais, por exemplo, eu com certeza mostraria os meus favoritos!
Incentivar as outras pessoas a se apaixonar pelo que você é apaixonado é melhor do que guardar tudo para si. Mostre seus artistas favoritos para compartilhar essa paixão. Garanto que vai ser divertido ter alguém para conversar sobre essas coisas.
Os nomes dos meus livros são “Quer jogar? Tesouras não cortam só cabelo” e “Luzes, câmera e vingança”. Ambos estão disponíveis no Kindle e, na versão física, em sites como Mercado Livre, Ponto Frio, Americanas, Casas Bahia etc.! Confira as sinopses:
"Nesta distopia, diversas pessoas pagam um alto preço para assistir e ter a chance de entrar no honrado O Jogo, no qual há um grupo de pessoas e, ali, um assassino. Na Temporada 11, no entanto, algumas coisas dão errado, mudando o destino desse evento para sempre. Entre assassinatos brutais e disputas entre jogadores, a plateia faz apostas e observa-os com fogo nos olhos, mal podemos esperar para descobrir o que acontecerá a seguir." Dilva Camargo Artista Visual.
“Durante o jantar, ocorre uma morte repentina na mesa da família Capellier. No entanto, não podem chamar a polícia porque seu sobrenome não seria muito bem-visto na delegacia por causa do passado de Francisco, um corrupto de primeira classe.Para a surpresa de todos, ele morre, mas ninguém iria no seu funeral porque era odiado pelo mundo inteiro. Para não deixar passar em branco, os Capellier, uma família burguesa, não podiam perder a oportunidade de convidar seus inimigos (pelo menos, os que podiam listar) para se hospedarem na sua mansão absurdamente glamorosa e compartilhar a raiva mútua que sentiam contra o homem que, agora, estava morto.Todos aceitam o convite sem pensar duas vezes, mas a família não imagina o quão sedentos por vingança estão os convidados...”Valéria do Sul(Deivid Jorge Benetti),do Portal de Notícias MPV