É difícil para nós, artistas, encontrarmos uma maneira de nos destacarmos na indústria. Não importa o quanto de esforço coloquemos no nosso marketing, nunca parece ser o suficiente.
Isso acontece porque, hoje em dia, existem as redes sociais. O público não quer apenas ler um livro. Ele quer conhecer o autor.
O motivo é simples: estamos acostumados com influencers. Compramos maquiagens por causa das blogueiras que as usam ou até mesmo as criaram, por exemplo. Não é diferente com nossa arte.
Sou escritora e tenho dois livros publicados (“Quer jogar? Tesouras não cortam só cabelo” e “Luzes, câmera e vingança”), falo muito sobre eles no Tik Tok na conta @renathapessoa76, mas não falo só sobre isso porque seria muito entediante.
Gravo vídeos, faço lives e interajo com meus seguidores. No entanto, você pode não estar conseguindo chamar a atenção dessa mesma forma. Isso acontece porque centenas de milhares de escritores também fazem essa mesma estratégia. Muitos sentam na frente do celular e falam coisas como “Olá! Sou o autor Fulano de Tal e escrevi tal livro que fala sobre tal e tal coisa”... com todo o respeito, ninguém liga.
Estou falando isso com sinceridade. No momento em que aparece alguém implorando para receber atenção ao ponto de explicar detalhadamente seu livro, a pessoa que está assistindo automaticamente vai pular para o próximo vídeo.
Então como podemos nos destacar?
Fale sobre o que o público quer ouvir, não sobre o que você quer falar. Uma mão lava a outra e, se você falar sobre o que o público quer, ele vai prestar atenção no seu produto.
Meu conteúdo no Tik Tok não é sobre mostrar meus livros e ponto final. Até eu admito que isso é chato! Eu não posso postar três vídeos por dia especificamente sobre meus livros. Gravo sobre minha jornada na escrita, dou dicas e, no meio de alguns vídeos, falo sobre minhas obras.
Meu público quer meu conhecimento da escrita, eu quero que eles conheçam meu livro. Por isso, coloco esse assunto de fininho no meio do vídeo. Aqui está um link de um vídeo em que faço isso: https://www.tiktok.com/@renathapessoa76/video/7452847141623450886?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7279850219205051910
É claro que existem vídeos mais diretos porque, como falei antes, é o que quero atingir com meu conteúdo. Falar sobre meus livros. Isso não é problema nenhum! Desde que você não fale apenas sobre isso.
Faça piadas, revele alguns trechos e deixe o público intrigado para saber o plot twist. Você não precisa repetir a sinopse toda hora!
Algo que é tão importante quanto essa estratégia é a sua aparência. Não estou dizendo que tem que usar um estilo específico, mas, pelo contrário, você precisa ter a sua própria estética. Permita-me dar o exemplo.
Admito que gosto de ser um pouco... exagerada. Brincos grandes! O cabelo sempre mudando! Cores chamativas! Atenção!
Faço isso porque gosto de me vestir dessa forma e, também, porque é essa a estética que quero transmitir nos meus livros: glamour e glitter. Sinto que mudei minha estética do primeiro livro para o segundo, tanto nas histórias quanto na minha aparência.
Não fiz isso de propósito, para ser sincera, mas algumas pessoas comentaram isso e acho uma ótima ideia! Já que você quer vender seus personagens, por que não se vestir um pouco parecido com eles?
Agora vamos falar sobre um tópico mais sério e muito mais polêmico: não se importe tanto assim com o dinheiro no começo da sua carreira. Sim, eu entendo que você dedicou tempo para fazer sua arte, mas, como eu disse antes, ninguém liga.
Só vão passar a ligar quando gostarem de você.
Até lá... é uma longa jornada.
Para você obter essa conquista, vai ter que ceder um pouco. Dê alguns livros de graça para uma biblioteca da cidade ou coloque no consultório de alguém que tenha interesse nos seus livros. Se você ganhar dinheiro com isso, ótimo! Se não ganhar, pelo menos tentou.
Colocar nesses lugares é gratuito e até mesmo arriscado. Não literalmente, mas ficamos com medo de colocar nossos bebês (nossas obras) no mundo. E se julgarem eles? E se não gostarem? Ficamos apavorados, o que pode tirar algumas das nossas maiores oportunidades.
Sempre aceite todas as oportunidades, até as que parecerem mais inalcançáveis. Ano passado, dei uma palestra em uma escola estadual chamada “Adolfina Diefenthäler”. Admito que não consegui acreditar na oportunidade até chegar lá! Foi a primeira palestra da minha vida e fiquei bastante nervosa.
Não sou tímida nem de longe. Pelo contrário! Pareço um papagaio de tanto que falo! Mesmo assim, uma palestra é uma grande responsabilidade. Minha estratégia foi ser totalmente sincera e responder a todas as perguntas. A escola gostou tanto do que fiz que acabei ficando com duas turmas a mais! O plano era que eu fizesse a palestra duas vezes e acabei fazendo-a quatro vezes!
Acredito ter feito boas palestras porque me conectei com meu público. Comecei falando sobre jogos, que foram algo que genuinamente me ajudou a me tornar escritora.
Eu era apaixonada por “Five Nights at Freddy’s” quando pequena e até hoje admito ser fã. As pessoas que conheciam esses jogos logo começaram a se envolver no que eu falava porque perceberam que eu não era o tipo de palestrante com a qual eles tinham que ter medo e ouvir calados. Pelo contrário, meu objetivo era ouvir o que eles tinham a dizer! Até mesmo quando perguntaram qual é o meu animatrônico favorito, onde comprei meus brincos e se eu sabia que é o CR7.
O público dessas palestras tinha entre 10-15 anos, por isso as perguntas variaram muito. Estou falando sobre as palestras porque é exatamente o que faço com meu público. Eu os escuto. Quando não sei muito bem como responder a uma pergunta, encontro um jeito. Estendo a mão para quem quiser minha ajuda e estiver disposto a me ouvir.
Nossa indústria é horrivelmente fechada. Apenas falamos sobre nós mesmos e nós mesmos e, adivinha? Nós mesmos. Ninguém quer me ouvir tagarelar sobre meus livros o tempo inteiro! Mesmo assim... agora que eu te ajudei, você poderia ler as sinopses deles, não poderia? Por favorzinho! Eu sou tão querida com você! Imagina se você gosta? ♥
Os nomes dos meus livros são “Quer jogar? Tesouras não cortam só cabelo” e “Luzes, câmera e vingança”. Ambos estão disponíveis no Kindle e, na versão física, em sites como Mercado Livre, Ponto Frio, Americanas, Casas Bahia etc.! Confira as sinopses:
"Nesta distopia, diversas pessoas pagam um alto preço para assistir e ter a chance de entrar no honrado O Jogo, no qual há um grupo de pessoas e, ali, um assassino. Na Temporada 11, no entanto, algumas coisas dão errado, mudando o destino desse evento para sempre. Entre assassinatos brutais e disputas entre jogadores, a plateia faz apostas e observa-os com fogo nos olhos, mal podemos esperar para descobrir o que acontecerá a seguir." Dilva Camargo Artista Visual.
“Durante o jantar, ocorre uma morte repentina na mesa da família Capellier. No entanto, não podem chamar a polícia porque seu sobrenome não seria muito bem-visto na delegacia por causa do passado de Francisco, um corrupto de primeira classe.
Para a surpresa de todos, ele morre, mas ninguém iria no seu funeral porque era odiado pelo mundo inteiro. Para não deixar passar em branco, os Capellier, uma família burguesa, não podiam perder a oportunidade de convidar seus inimigos (pelo menos, os que podiam listar) para se hospedarem na sua mansão absurdamente glamorosa e compartilhar a raiva mútua que sentiam contra o homem que, agora, estava morto.
Todos aceitam o convite sem pensar duas vezes, mas a família não imagina o quão sedentos por vingança estão os convidados...”
Valéria do Sul
(Deivid Jorge Benetti),
do Portal de Notícias MPV
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