A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre deu início às ações do Janeiro Roxo, campanha de conscientização sobre a hanseníase, com uma programação que inclui esquetes teatrais e campanhas educativas. A iniciativa, que se estende até março, visa desmistificar a doença e incentivar o diagnóstico precoce, utilizando humor e sensibilidade para combater o estigma associado à condição.
Parceria entre o Programa Municipal de Controle de Hanseníase e o Núcleo de Estudos e Práticas em Psicologia e Palhaçaria resultou na criação de apresentações teatrais de 15 minutos, que serão realizadas em 121 unidades de saúde. Em janeiro e fevereiro, 61 e 60 unidades, respectivamente, receberão a atividade, enquanto outras 13 unidades serão contempladas em março. Além disso, cartazes em ônibus informam a população sobre os sinais da doença e orientam sobre onde buscar atendimento.
A hanseníase, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, afeta nervos periféricos, pele e mucosas, podendo gerar incapacidades e exclusão social. Apesar de curável e tratada gratuitamente pelo SUS, a doença ainda enfrenta estigmas que dificultam o diagnóstico e o tratamento. Entre 2014 e 2023, a taxa de novos casos em Porto Alegre permaneceu baixa, mas algumas áreas registraram aumento recente.
Outra ação importante será a divulgação do Boletim Epidemiológico Hanseníase 2025, com dados atualizados sobre a doença no município, e a apresentação de um caso clínico que evidencia o cuidado integrado entre diferentes níveis do sistema de saúde. A campanha busca, sobretudo, promover o conhecimento e sensibilizar a população para erradicar o preconceito e melhorar o cuidado com quem convive com a hanseníase.