Porto Alegre se tornou a primeira cidade do Brasil a migrar todas as suas instalações públicas de média tensão para a compra de energia sustentável no mercado livre. O projeto, iniciado em abril de 2024, já atende 60 instalações, incluindo hospitais como o HPS e o HMIPV, além de usinas de asfalto e prédios administrativos. A medida não apenas reduz custos, mas também elimina o lançamento de mais de 300 toneladas de CO2 no meio ambiente anualmente, conforme destacou o prefeito Sebastião Melo.
A economia financeira já se reflete nos números: no primeiro ano, foram poupados R$ 1,2 milhão, com expectativa de atingir R$ 3 milhões anuais a partir deste ano. Simultaneamente, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) economizou mais de R$ 9 milhões com a compra de energia no mercado livre. O segundo lote de contratações para o órgão já está em andamento, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e a gestão eficiente de recursos.
Outra frente importante é o contrato para instalação de usinas fotovoltaicas, que atenderá 441 prédios públicos de baixa tensão, como unidades de saúde e o Mercado Público. O projeto prevê 4,1 MW de potência instalada, funcionando no modelo de compensação de créditos energéticos por 26 anos. Segundo o secretário de Parcerias, Giuseppe Riesgo, a iniciativa será gerida por um parceiro privado, garantindo eficiência e sustentabilidade no longo prazo.
Com essas ações, Porto Alegre se consolida como referência em energia limpa, combinando economia e inovação para um futuro mais sustentável. A cidade dá um passo decisivo na transição energética, alinhando-se a práticas globais de combate às mudanças climáticas.