O ano de 2024 foi o mais quente já registrado na história, superando pela primeira vez o limite de 1,5°C de aquecimento em relação aos níveis pré-industriais, segundo dados do observatório europeu Copernicus. A temperatura média global atingiu 15,10°C, marcando um aumento de 1,6°C. Este índice representa um alerta para a emergência climática, embora o limite do Acordo de Paris, que se refere a um aumento de temperatura ao longo de 20 anos, ainda não tenha sido formalmente ultrapassado.
Todos os continentes registraram temperaturas recordes em 2024, com o dia mais quente sendo 22 de julho, quando a média global alcançou 17,16°C. O aumento contínuo de temperaturas, especialmente nos oceanos, está gerando mais vapor d'água na atmosfera, o que favorece a ocorrência de chuvas extremas e eventos climáticos severos. A temperatura média dos oceanos alcançou um recorde de 20,87°C, o que representa 0,51°C acima da média do período de 1991-2020.
O Copernicus apontou que o aquecimento global está contribuindo para fenômenos climáticos extremos, como os intensos períodos de chuvas observados no Rio Grande do Sul em maio. Além disso, o aumento de umidade na atmosfera pode agravar a frequência e intensidade das chuvas em diversas partes do mundo.
Com a marca de 2024, o planeta entrou em um novo patamar de aquecimento, com impactos evidentes no clima global. Especialistas alertam que os próximos anos exigem uma ação mais rigorosa para mitigar as consequências do aquecimento e seus efeitos no meio ambiente.