A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos revogou a autorização do uso do corante vermelho número 3, ou eritrosina, em alimentos e medicamentos após estudos indicarem que o corante pode causar câncer em ratos. A decisão, que atende a uma petição apresentada por defensores da saúde pública, reflete o cumprimento da Cláusula Delaney, uma lei americana que proíbe o uso de aditivos causadores de câncer. O corante, que é utilizado para dar uma cor vermelho-cereja brilhante a produtos como doces, bolos e até medicamentos, já é banido em cosméticos desde 1989.
A eritrosina também é proibida na Europa, Austrália e Nova Zelândia, mas, no Brasil, ainda é permitida em algumas categorias de alimentos e medicamentos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que irá estudar as evidências científicas por trás da decisão americana e revisitará as conclusões sobre a segurança do corante, que já foram avaliadas em 2018 por especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da FAO, que não encontraram risco para a saúde humana.
Embora o corante tenha sido associado a câncer em ratos machos expostos a altos níveis da substância, a Anvisa destacou que os estudos realizados em humanos e outros animais não mostraram os mesmos efeitos. A agência brasileira afirmou que pode revisar as autorizações de uso do corante, caso novas evidências de risco à saúde sejam apresentadas.
Especialistas em saúde comemoraram a decisão nos EUA, mas alertaram que a proibição estava atrasada. Para alguns defensores da saúde pública, a FDA deve ter um sistema mais robusto para revisar a segurança de aditivos químicos que já foram aprovados, especialmente quando surgem novas evidências sobre seus impactos à saúde.
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