Uma operação da Polícia Federal resgatou, no último domingo (2), nove trabalhadores em situação análoga à escravidão em uma propriedade rural de Flores da Cunha. O grupo, composto por oito argentinos e um brasileiro, trabalhou na colheita da uva em jornadas exaustivas de 12 horas diárias, sem receber pagamento há duas semanas. A denúncia foi feita à Brigada Militar, que acionou as autoridades.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, os trabalhadores foram aliciados sob falsas promessas de salário semanal, alimentação e alojamento. No entanto, além de não receberem o valor acordado pelo quilo da uva colhida, eles eram obrigados a cumprir toda a jornada para ter direito à comida, e o local onde estavam hospedados era considerado inadequado.
O proprietário da fazenda, que também atuou como intermediário de mão de obra, foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia da Polícia Federal de Caxias do Sul. Ele deverá encerrar os atrasos e as multas rescisórias até esta terça-feira (4). A assistência social de Flores da Cunha providenciou abrigo para os resgatados dos trabalhadores. Esse é o segundo caso registrado na safra da uva na Serra Gaúcha, após o resgate de quatro argentinos em situação semelhante no dia 28 de janeiro, em São Marcos.
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