Livros “de verdade”.

Para mim e para outros leitores, livros são um hobby. Algo que compramos e ganhamos na intenção de nos divertirmos. Passamos horas e até mesmo dias inteiros imersos em livros que nos levam para aventuras inimagináveis para aqueles que nos observam de longe, sem ter a menor ideia do que estamos lendo.

No entanto, a leitura é muito mais do que apenas um hobby. Nós podemos não perceber, mas usamos as letras em boa parte da nossa vida!

Precisamos ler cardápios, séries legendadas, nomes de restaurantes, algum texto para o trabalho, o que o professor escreveu no quadro; tudo isso e muitas outras atividades do nosso cotidiano envolvem letras, de alguma forma. Até mesmo os vídeos que assistimos na internet envolvem algum tipo de escrita porque, obrigatoriamente, precisam de, no mínimo, uma legenda chamativa para atrair seu público.

Ao analisarmos o título do vídeo acompanhado da foto colocada na capa, escolhemos se queremos assistir ou não. É algo banal que mal pensamos sobre enquanto fazemos, igual a leitura que você está fazendo nesse exato momento ao ler meu artigo.

É natural ler. As palavras fluem na sua mente sem dificuldade, já que você já leu diversas combinações de letras em diversas situações da sua vida e, nesse exato momento, você está apenas lendo mais uma das milhões de combinações de letras que você lerá na vida.

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Nunca pensamos dessa forma, não é? A leitura não envolve apenas livros físicos de cem anos atrás. Livros digitais, histórias modernas e até mesmo revistas também são formas de escrita.

As revistas são extremamente menosprezadas porque são curtas e têm muitas imagens, por isso muitos não as consideram “leitura de verdade”. A mesma coisa acontece com gibis e mangás. Desde quando leituras leves deixaram de chamar a atenção?

A resposta é simples: leituras leves podem ser feitas por qualquer um. É muito mais fácil ler um gibi do que um livro, por isso muitas pessoas não valorizam tal tipo de leitura. No entanto, como essas pessoas querem incentivar a leitura para uma criança que recém aprendeu a ler e passa dia e noite com atividades visuais?

Com “atividades visuais”, me refiro a televisão, brinquedos e outras coisas atraentes aos olhos infantis. Uma folha de papel em preto e branco não é atraente para uma criança, principalmente quando ela está sendo introduzida para os livros.

Duvido que você consiga deixar alguém atraído por leitura mostrando “Crime e Castigo” para a pessoa. Ela vai sair correndo ao ver aquele tijolo! Tenho certeza que é possível matar alguém batendo na cabeça da pessoa com aquele livro.

Igual a todos os outros hobbies, a leitura é desenvolvida com o tempo. Sem contar que nem todo mundo tem a mesma experiência. Qual é o problema se alguém quiser ler apenas artigos na internet ao invés de ler os tais “livros de verdade”?

A leitura vai muito além de livros. Em 2023, foi afirmado que “O pior índice de 2019 a 2022 foi o de analfabetismo. A proporção de crianças de sete anos de idade que não sabe ler ou escrever saltou de 20 a 40 por cento.”, de acordo com a seguinte reportagem da Band: https://youtu.be/IJb-mP-ZrAI?si=PNO5UvWGaf8KgeDJ .

Outro fator mencionado na reportagem é que crianças acabam tendo dificuldade no futuro ao saírem da escola e, mesmo se voltarem, vão acabar entrando com desvantagem. O aprendizado é essencial para que alguém consiga um emprego digno e isso envolve a habilidade de ler e escrever, mesmo que seja o básico.

Analfabetos estão claramente em desvantagem no mercado de trabalho, principalmente quando são colocados lado a lado com alunos de escolas particulares que sempre tiveram apoio do sistema para que pudessem ter mais chances de obter um bom emprego. Essa comparação é injusta, mas presente na nossa realidade.

Analfabetos também têm mais dificuldade em se enturmar com os outros. Com o avanço da tecnologia, a comunicação é principalmente baseada por mensagens. Nem todo mundo tem tempo para fazer ligações ou para ouvir e mandar áudios. Mensagens escritas são muito mais práticas no dia-a-dia.

O aprendizado na vida adulta também possui mais obstáculos do que na infância. Com as preocupações que acompanham essa etapa, é muito difícil encontrar tempo para estudar. Analfabetos com certeza não conseguiram ter o ensino necessário justamente por terem vidas difíceis e isso provavelmente não mudaria tão repentinamente ou tão facilmente com o passar dos anos.

Falando em apoio, ele é muito importante. O incentivo de familiares e amigos é o primeiro passo. Se os filhos ajudarem a mãe a cuidar da casa, ela já consegue dedicar um pouco do seu tempo para o estudo. No entanto, não é uma tarefa tão fácil quanto foi resumida aqui.

Por isso mesmo, não há frase pior para se dizer do que “as pessoas precisam ler livros de verdade”. O que são “livros de verdade”? Apenas os clássicos? Gosto muito de clássicos, mas imagine a alegria de uma pessoa analfabeta ao conseguir ler um gibi pela primeira vez.

Todos os tipos de leitura e escrita merecem respeito e, sinceramente, qual é o problema se eu, uma escritora com meu terceiro livro sendo publicado, quiser ler um livro infantil como “Ever After High: O Livro das Lendas”? Ele é genuinamente bom! Inclusive, recomendo. É a segunda melhor fantasia que já li, indo atrás apenas de “O Senhor dos Anéis”.

A leitura significa algo diferente para cada um. Cada dia queremos uma coisa diferente. Às vezes lemos um livro inteiro em uma tarde e, às vezes, demoramos um mês para ler outro livro que tenha o mesmo tamanho. Não se prenda a um padrão ou a uma regra: leia e escreva o que você quiser, o que importa é fazer com que nunca perca a graça.

Os nomes dos meus livros são “Quer jogar? Tesouras não cortam só cabelo” e “Luzes, câmera e vingança”. Ambos estão disponíveis no Kindle e, na versão física, em sites como Mercado Livre, Ponto Frio, Americanas, Casas Bahia etc.! Confira as sinopses:

"Nesta distopia, diversas pessoas pagam um alto preço para assistir e ter a chance de entrar no honrado O Jogo, no qual há um grupo de pessoas e, ali, um assassino. Na Temporada 11, no entanto, algumas coisas dão errado, mudando o destino desse evento para sempre. Entre assassinatos brutais e disputas entre jogadores, a plateia faz apostas e observa-os com fogo nos olhos, mal podemos esperar para descobrir o que acontecerá a seguir." Dilva Camargo Artista Visual.

“Durante o jantar, ocorre uma morte repentina na mesa da família Capellier. No entanto, não podem chamar a polícia porque seu sobrenome não seria muito bem-visto na delegacia por causa do passado de Francisco, um corrupto de primeira classe.

Para a surpresa de todos, ele morre, mas ninguém iria no seu funeral porque era odiado pelo mundo inteiro. Para não deixar passar em branco, os Capellier, uma família burguesa, não podiam perder a oportunidade de convidar seus inimigos (pelo menos, os que podiam listar) para se hospedarem na sua mansão absurdamente glamorosa e compartilhar a raiva mútua que sentiam contra o homem que, agora, estava morto.

Todos aceitam o convite sem pensar duas vezes, mas a família não imagina o quão sedentos por vingança estão os convidados...”

Valéria do Sul

(Deivid Jorge Benetti),

do Portal de Notícias MPV