Em um movimento que sacode o tabuleiro político para 2026, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou nesta sexta-feira (9) sua filiação ao PSD e declarou publicamente sua ambição de concorrer à Presidência da República. Porém, em um gesto pragmático, deixou claro que pode abrir mão da candidatura caso outros nomes de centro-direita - como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) ou Ratinho Júnior (PSD-PR) - demonstrem mais viabilidade eleitoral. "Jamais colocarei meu projeto pessoal acima do projeto para o Brasil", afirmou.
O ex-tucano, que deixou o PSDB após 24 anos, critica a polarização e defende um "centro com posições claras" capaz de enfrentar problemas como inflação e desequilíbrio fiscal. Seu discurso ecoa a estratégia do PSD, cujo presidente, Gilberto Kassab, já sinalizou que o partido pode apoiar Tarcísio caso o paulista entre na disputa. Leite, porém, não descarta outras alternativas: "Não quero disputar com Ratinho, quero convergir", disse, sugerindo possíveis alianças.
A mudança de partido ocorre em um momento crítico para o PSDB, que vive um processo de fusão com o Podemos após perder espaço para o bolsonarismo como principal alternativa ao PT. Com a saída de Leite, os tucanos ficam reduzidos a apenas um governador (Eduardo Riedel, do MS) e 13 deputados federais - queda drástica em relação aos 100 parlamentares que tinham em 1998.
Enquanto isso, o PSD fortalece seu projeto de se tornar o grande polo de atração do centro político. A legenda, que já governa um em cada seis municípios brasileiros, recentemente filiou também a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. Para Leite, a jogada representa uma segunda chance após sua derrota nas prévias tucanas de 2022 para João Doria. Agora, como presidente do PSD no RS, ele mantém como plano B uma candidatura ao Senado caso a corrida presidencial não se concretize.
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